É aquela velha história: um lado solta a corda e o outro – que segurava firme e dava o seu melhor – acaba se machucando feio. Nós conhecemos bem, mas nunca esperamos estar ali do outro lado na hora em que a corda se solta, não é mesmo? Pois é. Porém, se um dia isso acontecer contigo, espero que saiba que, enquanto você segura aí, lá a corda pode afrouxar e te acertar em cheio. Isso não quer dizer que você deva deixar de firmar seu lado, mas que deve soltar a corda no momento em que perceber a mesma ação do outro. É que assim: quando você decide caminhar lado a lado com outro alguém que não seja você mesma, há ingredientes que devem ser colocados para que o prato não desande antes de ficar pronto. Não em uma lista gigantesca do que fazer e do que não, pf! Mas em uma simples e aberta conversa com a pessoa com quem decidiu trocar salivas e coisas a mais. Nós precisamos deixar as coisas bem claras, desde intenções até mesmo gostos e propósitos.

Mas, antes de tudo, minha cara, seja inteligente o bastante para aprender o que é valor. Valor é aquilo que você doa a alguém que lhe doa também. E, antes de doar, você precisa ter, começando por você. Quero que você saiba que, assim como tudo na vida começa, um dia também acaba. Não quero que você entre em uma relação já pensando no fim, jamais, porém que saiba reconhecer quando o mesmo se aproximar. O caso é simples: não insista. Insista em você, em um outro alguém, em seus sonhos, em suas vontades e desejos, mas não insista pra continuar em um espaço que já não lhe cabe mais. Não insista para continuar com um relacionamento onde só você é o guia, enquanto o outro está só vendo a maré subir e descer, mas não mexe um só dedo pra nadar com você.
É tão bonito falar de amor, né? Tão bom decifrar o coração… E valorizá-lo?
É a história da corda. Se você é aquele outro alguém que, ao invés de reciprocidade, recebeu a outra ponta da corda, minha cara, solta o seu lado e não insista em continuar segurando uma história sozinha. A única história que você deve segurar sozinha por aí é a sua própria. E não precisa que tenha alguém nela, mas é preciso que você saiba valorizar aquilo que tem. Relação tem sim seus altos e baixos, mas quando os dois querem mesmo, os dois lados continuam seguros. Não afrouxa daqui e muito menos de lá. Pelo contrário, os dois encaram juntos e procuram o melhor jeito de sair da crise. Porque antes de tudo, relacionamento, como tudo na vida, é feito também de prioridade, você é quem faz as escolhas. O que quero dizer, é que se o outro lado escolheu soltar a corda, ou seja, não continuar a relação, não continue insistindo em algo vago assim. Não seja a única protagonista de uma história de amor – se não for o próprio –, porque, no final, você vai se encontrar sozinha atrás das cortinas do espetáculo que todo mundo assistiu o fim, menos você.
Se do outro lado a corda bambeia, se um gelo incalculável já vem de tempos se aproximando e você perceber que tá com alma em um mar de pedras, livre-se. Porque você não é obrigada a insistir em uma relação fadada ao fim. Porque existem valores em tudo na vida e só você é capaz de saber qual é o seu. O quanto ele vale, o quanto seu coração e seus sentimentos já suportaram e o que ainda podem suportar, visando coisas que realmente valham a pena.
E você precisa aprender a diferenciar amor de costume, saudade de carência e felicidade de risadas de piadas idiotas. Porque, desculpe, mas as pessoas têm o estranho hábito de acreditar que amam quando estão apenas acostumadas a estar ao lado de alguém, outras pensam que sentem saudade quando na verdade é apenas uma carência ou um vazio no canto do peito, e ainda existem as que pensam que são felizes por rirem de piadas bobas. Amor não é apenas estar lado a lado; a saudade não se compara à carência de estar com alguém; e a felicidade, minha cara, não tem distinção, mas não se compara a gargalhadas de dois minutos se o seu coração não está bem também.
Tá sentindo a corda frouxa? Tem mesmo alguém do outro lado a segurando ou esse alguém é apenas você? Aí vai um conselho: Se permita simplesmente mudar, deixar que a vida siga por outros ares e que te mostre novas etapas, novas risadas e cordas firmes.
Fonte:Superela