Ministro das Cidades e criador da legenda, Gilberto Kassab, foi ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira (14), comunicar à presidente Dilma Rousseff sobre a decisão da maioria da bancada a favor do impeachment. Apesar da movimentação da bancada, o ministro ainda não informou se entregará o cargo.
Kassab já havia informado há cerca de um mês aos integrantes da cúpula do governo que iria liberar a bancada dos deputados para votarem de acordo com "a consciência" de cada um no processo de afastamento da petista.
Antes de se encontrar com Dilma, o ministro ouviu os parlamentares que cobraram uma posição oficial do partido no dia da votação, prevista para ocorrer no próximo domingo. Na ocasião, Kassab disse que não tomaria partido, mas que a decisão da maioria seria respeitada.
Atualmente, dentre os 36 deputados do partido, estima-se que ao menos 26 sejam a favor do impeachment. Os favoráveis ao governo seriam apenas cinco. Após a decisão de desembarque do PP tomada na última terça-feira, 12, o PSD era, até a noite dessa quarta, um dos principais focos de investimento do governo na tentativa de impedir que a oposição consiga os 342 votos necessários para levar o processo de impeachment ao Senado.
 "Mudamos de liberado para favorável, mas respeitando a posição dos deputados divergentes", disse o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), que afirmou que os dissidentes não serão punidos.
Segundo integrantes da cúpula do PSD ouvidos pela reportagem, apesar do sentimento de que o processo de impeachment deverá ser aprovado, ainda não se iniciaram conversas com o vice-presidente, Michel Temer, sobre uma possível composição num novo governo.
fonte:Giro UOL