Deputado conta que encontros nasceram da insatisfação na Câmara e que parlamentares discutiram saídas para o país. O deputado do Piauí Heráclito Fortes (PSB) articulou encontros na Câmara dos deputados para debater temas cruciais, como o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). 
O mentor do grupo do impedimento de Dilma Rousseff afirma que após quatro anos fora da Câmara, sentir-se angustiado com a falta de diálogo entre os parlamentares, inclusive os de oposição e decidiu criar a equipe. 
"Comecei a fazer os encontros na minha casa, porque tinha mais espaço que os apartamentos funcionais. Mas você precisa entender que isso não é um bloco partidário, mas um grupo de pessoas que pensam em defesa do legislativo. As conversas se iniciaram com parlamentares, inclusive do PT, da base do governo, mas o o foco maior era com membros do PT. Fizemos umas quatro reuniões, mas ocorre que não havia nenhum resultado nas conversas. Por mais que os deputados tentassem, havia uma barreira de falta de diálogo no Palácio. A Dilma era impenetrável e o Mercadante pior ainda. O Mercadante chutava o pau na barraca e não queria diálogo. Os próprios deputados foram ficando aflitos. Quando víamos que não era possível, nós começamos a buscar outros canais. Começamos a discutir a parte econômica, a parte jurídica. Teve momentos que chamamos juristas. Armínio Fraga para discutir matérias econômicas. O Geraldo Alckmin, Aécio Neves e por aí afora. Foi uma tarefa artesanal, não foi fácil, mas persistimos", relatou o deputado.
Além de Fortes, o núcleo central do o G8 era formado por Jarbas Vasconcelos, Bruno Araújo, Mendonça Filho, Rodrigo Maia, Osmar Terra, Raul Jungmann. O parlamentar afirma que "por sorte" alguns do grupo tornaram-se ministros e estão participando da atual gestão interina de Michel Temer.Para o articulador, o grande "maestro do Centrão" era o ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Questionado sobre o atual governo e se haveria alguma barreira ao exercício de Temer, Fortes diz que vê o clima na Casa como  e que hoje, "o próprio Centrão é da base de apoio. No entanto ele destaca que a busca por cargos por parte do Centrão é um problema sério.
Em relação as pautas prioritários a serem tratadas na volta do recesso, o político destaca que a pasta econômica terá prioridade, mas que Rodrigo Maia não se reuniu com Michel Temer para discutir pautas.