O líder do Democratas no Senado Federal Ronaldo Caiado (GO) usou o interrogatório à presidente afastada Dilma Rousseff para questioná-la sobre a ocultação da crise econômica durante sua campanha de reeleição. Em sessão desta segunda-feira (29/08), Caiado tomou como base as mentiras proferidas em campanha para levantar a tese de "estelionato eleitoral" em comparação às alegações de Dilma de que o impeachment se trata de uma "ação indevida".

"Vossa Excelência diz que a situação do país tem a ver com a crise internacional, mas por acaso esta crise só apareceu no dia 25 de outubro de 2014? Só depois do segundo turno? Não havia qualquer informação pelo governo? Se Vossa Excelência trata o impeachment como ação indevida, não seria a omissão à crise durante sua campanha um estelionato eleitoral? Se os eleitores soubessem de tudo isso, votariam na senhora?", questionou.

Caiado também ressaltou o atropelo republicano que fez Dilma ignorar uma prerrogativa do Congresso ao editar decretos de crédito suplementar antes da aprovação do PLN 5 pelo parlamento.

BANCOS PÚBLICOS

Ronaldo Caiado trouxe um fato novo ao processo de impeachment: enquanto Dilma Rousseff deu calote nos bancos públicos que deveriam ser ressarcidos semestralmente, o governo seguiu pagando bancos privados mensalmente, o que corrobora a tese de uso dessas instituições para omitir a situação fiscal do governo.

"Só Banco do Brasil, Fundo de Amparo ao Trabalhador, BNDES e Caixa não foram pagos semestralmente. Todos os bancos privados foram pagos mensalmente com equalização das taxas de juros. Por que preferenciar os privados em detrimento dos bancos públicos?", indagou.

Matéria: Assessoria Liderança Democratas Senado Federal

Foto: Sidney Lins Jr