O líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), afirmou em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (20), que mantém a candidatura à presidência da Câmara. Na semana passada, Rosso fez uma consulta à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) questionando se o atual presidente da Casa poderia ser reconduzido ao cargo.
A Comissão, por meio de parecer do Deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA), emitiu parecer favorável à candidatura do atual Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, horas antes da coletiva do Deputado Rosso.
Para o pessedista, Rodrigo Maia (DEM-RJ) não pode concorrer à reeleição em uma mesma legislatura. “A Constituição é clara, a Secretaria Geral da Mesa também é clara. Se pegarmos as notas taquigráficas da Constituinte sobre essa discussão fica visível que em casos como este não é permitida a reeleição”, sintetizou.
Supremo deve se pronunciar
“Sempre optamos pela pacificação, por resolver os problemas internamente. Mas parece que dessa vez não será possível”, completou o deputado. O caminho natural é que o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste sobre o caso, já que alguns partidos políticos adiantaram que irão entrar com processo.
Rosso também demonstrou preocupação com o tempo que o Judiciário terá para analisar a matéria. “O STF volta a trabalhar no mesmo dia da eleição para a presidência da Câmara. Sem dúvida é um caso atípico, e que merece toda a atenção.”
Campanha em janeiro
O líder do PSD anunciou ainda que fará campanha para a presidência da Câmara em janeiro. “Vamos iniciar nossa caminhada pelos estados brasileiros, pedindo apoio aos deputados e deputadas e colocando nossas propostas de forma clara.”
Rosso falou também sobre a atual situação política do Brasil. “Os próximos dois anos serão extremamente difíceis, mas temos que enfrentar as reformas que o país precisa e nós temos de ter este protagonismo. Nos últimos seis anos, das 970 leis publicadas no Diário Oficial, só 60 foram de iniciativa parlamentar. O sistema de freios e contrapesos precisa ser ajustado para se manter a independência dos poderes.”
Por: Renan Bortoletto