Estudo aponta problemas em transporte e alimentação. Uma das instituições visitadas é o colégio do Cruzeiro onde um aluno desmaiou de fome.Após a polêmica criada em torno das mudanças no atendimento das escolas parque do DF, um relatório aponta problemas no modelo implementado pela Secretaria de Educação no início do ano. O levantamento, realizado pelo Conselho de Direitos Humanos do DF, o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) e a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, relaciona falhas no espaço físico, no transporte, na alimentação oferecidos pelo GDF e no acompanhamento pedagógico dos alunos.
Para realizar o estudo, a força-tarefa realizou diligências em oitos escolas parque de Brasília: as localizadas nas quadras 210/211 Norte, 303/304 Norte, 411 Norte, 114 Norte, 308 Sul, 114 Sul e 314 Sul. Também foi visitada a Escola Classe 8 do Cruzeiro onde, na semana passada, um aluno de 8 anos passou mal de fome.
As vistorias tinham o objetivo de avaliar as mudanças propostas pela Secretaria de Educação no funcionamento das escolas parque, que oferecem atividades como artes, música, natação e educação física. As disciplinas são ministradas no turno contrário ao do colégio regular e ocorrem algumas vezes na semana.
As alterações implementadas no início do ano, previam a redução de estudantes que estudavam em contra turno nessas instituições – de 3,9 mil para 2,8 mil – e das escolas classes que adotavam o modelo – de 38 para 17.

Segundo o GDF, as mudanças permitiriam uma execução melhor do programa proposto pelas escolas parque, já que os alunos teriam mais dias de ensino integral e atividades extracurriculares. No entanto, segundo o relatório da comissão, 6 mil crianças foram prejudicadas ao serem excluídas do programa. Apenas na unidade da 308 Sul, 2 mil alunos teriam sido afetados.

Segundo o documento, como boa parte das escolas classe eliminadas do modelo não possuem estrutura para realizar atividades extracurriculares “com qualidade”, os alunos sofreram danos. “Ou seja, com a implementação do programa várias crianças perderam a oportunidade de usufruir desse espaço”, afirma o relatório.

Entre os problemas enfrentados pelas instituições e apontados pelo estudo estão a falta de refeitórios apropriados e o déficit de professores disponíveis para aulas de reforço de português e de matemática.

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