Mas neste momento tal não se verifica, considera Manuela
Ferreira Leite.Em dia marcado pelo debate sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2018), o tema não escapou a uma antiga responsável pela pasta das Finanças públicas.
Manuela Ferreira Leite, no seu espaço de comentário na antena da TVI 24, abordou o documento afirmando que “o Orçamento que está lá, é o Orçamento que tinha entrado na Assembleia antes das ocorrências trágicas”. E que, caso não sejam “introduzidas alterações” na especialidade, então isto será sinal de que o OE2018 não tem em devida conta as respostas que o Estado terá de dar, na sequência da tragédia dos incêndios.

Afirma Manuela Ferreira Leite que, na hora de definir o que há a fazer, não basta “pôr uma verba aqui e outra verba acolá”.
“O Orçamento traduz em termos financeiros aquilo que são as prioridades políticas de um Governo”. E, neste momento, o OE2018 “não traduz o que vai ser o papel do Estado na recuperação das zonas ardidas”, considera.
“O Orçamento deveria especificar, e até realçar, uma nova prioridade no país”, afirmou ainda.“Até lá”, acrescentou, “podem pôr muitos milhões, mas uma nova prioridade nacional tem outras implicações para além de simplesmente orçamentar a despesa que se pensa fazer com esse objetivo”, considerou.