Imaginem uma praia paradisíaca, algo parecido com Taiti, Maldivas, Comores ou Seycheles. Agora tire todos os turistas para que a praia fique exclusivamente para você. Um luxo que poucos podem pagar, certo? Não. Graças a nós, você pode desfrutar deste mais este lugar unico no mundo sem gastar rios de dinheiro. Bazaruto tem as mesmas águas azuis turquesa das praias que estampam as capas de revistas de viagem que circulam pelo mundo afora, mas ela própria não está em nenhuma publicação de turismo. Desconhecida. Para nossa sorte esta ode a beleza continua virgem, como no dia de seu nascimento. Mas por favor não espalhem esta notícia, assim quando for sua vez de conhecer o paraíso ele ainda estará preservado.
Arquipélago de Bazaruto só para você
Localização
O arquipélago de Bazaruto fica na costa de Moçambique no sudeste africano. As ilhas são banhadas pelo Oceano Índico e ao leste está outra ilha famosa da África, Madagascar. A oeste está a cidade de Vilanculos (base para conhecer Bazaruto) na porção continental moçambicana e também o Zimbábue. Ao norte estão Tanzânia e Malawi e mais ao sul ou sudoeste está a África do Sul.
Como chegar a Bazaruto?
O lugar ainda é pouco conhecido do mundo. Brasileiros por lá são uma raridade. Aliás, em quatro meses pela África não encontramos nenhum. Aqui mostraremos as opções para chegar a Vilanculo ou Vilanculos que é a cidade base para visita o arquipélago. De Vilanculos a Bazaruto existem apenas duas opções que também serão descritas abaixo.
De ônibus
Saindo de Maputo (capital moçambicana) existem vários ônibus para chegar a Vilanculos. A viagem vai tomar todo seu dia e será extremamente cansativa. São seiscentos e cinquenta quilômetros que podem levar nove ou dez horas. Os ônibus ou machimbombos como são chamados saem sempre em horários bastante peculiares neste país. As partidas ocorrem sempre por volta das quatro ou cinco horas da manhã, sempre depois que o ônibus estiver lotado. Portanto esteja no Terminal Junta bem cedo para garantir um bom lugar, de preferência na janela. Os machimbombos são micro ônibus antigos vindos do Japão ou China com capacidade de cinco pessoas por fileira (um dos assentos é retrátil e rebatido no meio do corredor), sem banheiro e sem bagageiro. Chegar cedo significa conseguir um lugar para sua bagagem em baixo do banco. Caso contrário ela vai no teto do machimbombo (onibus).
A viagem custa cerca de vinte dólares, ou mil meticais. Outra opção é ir somente até Tofo. Neste caso a viagem dura apenas sete horas e pode ser organizada pelo seu hostel em Maputo.
De avião
O aeroporto de Vilanculos (VNX) como todos podem imaginar não é dos maiores. Os voos chegam de apenas quatros lugares, dois deles são voos domésticos e dois internacionais vindos da vizinha África do Sul. Veja tabela abaixo com horários de partida, preços, duração da viagem e companhia áerea. Os preços não são nada baratos, mas com certeza terá muito mais conforto que nos machimbombos.
Opções de voos para Vilanculos
De Vilanculos até o Arquipélago de Bazaruto também existe a possibilidade de chegar por via aérea, mas não existem voos comerciais de linha, somente voos charter pela empresa Federal Air.
De carro
Alugar um carro para viajar nas estradas africanas não é uma boa ideia. As estradas têm péssimo estado de conservação e em um acidente ou falha mecânica você pode ficar horas esperando por socorro. O mais recomendado é o aluguel de um carro 4X4 que também vai sair bem caro. Se mesmo assim esta for sua opção, veja abaixo as locadoras de carros em Maputo.
Vale até encarar as estradas africanas para conhecer este lugar
De excursão
Aqui elas são chamadas de Overland tour. É um caminhão adaptado que mais parece um ônibus e que roda pela África cheio de mzungus (homens brancos) dentro. Se para os outros países da África existem inúmeras empresas que prestam este tipo de serviço, em Moçambique as opções não são tantas. Neste caso você não precisa se preocupar com nada o que em terras africanas é uma bela vantagem, mas por outro lado você perde toda emoção e aventura de uma viagem em estilo local pela África.
De barco
Se você ficar hospedado em um dos lodges ou hotéis localizados na ilha, o trasnfer de Vilanculos até Bazaruto pode ser organizado pelo próprio staff do hotel que providenciará alguém para recepcioná-lo no continente. Se optar por um bate e volta de um dia a ilha existem inúmeras opções de operadoras em Vilanculos, basta perguntar na recepção de seu hotel. Pagamos algo por volta de quarenta dólares por pessoa para o passeio de um dia com almoço incluso. A viagem de dhow (tipo de barco a vela) demora cerca de uma hora e meia.
Vista do dhow
Chegada a ilha
Onde ficar
Aqui vocês têm duas opções. A primeira é, como nós, ficar alojado em Vilanculos e fazer um bate volta de barco até Bazaruto. A segunda opção é ficar hospedado em algum lodge ou hotel na própria ilha. Se esta alternativa é mais cômoda, é também bem mais cara.
Para quem escolheu ficar na ilha veja todas as opções em Booking. Aqueles que preferem algo mais low cost no continente (Vilanculos) recomendamos o Baobad Beach Backpacker. Chalés com banheiro em frente a praia para casal saem por quarenta e quatro dólares. Quatros para família (quatro pessoas) com banheiro em frente a praia custam setenta e cinco dólares. Cabanas para duas pessoas com banheiro coletivo saem por vinte e dois dólares (esta foi nossa escolha). Camas em dormitórios custam dez dólares e camping sai por sete dólares.
Chalé em frente a praia
Cabanas para duas pessoas
Dormitórios
Quando ir
Bazaruto fica ao sul da linha do Equador, mais ou menos na altura do Espírito Santo aqui no Brasil, portanto o inverno na região acontece nos meses de junho, julho e agosto e é a melhor época para uma visita. Mas praia no inverno? Explico. Como podem ver no quadro abaixo as temperaturas médias no inverno são de vinte e seis graus centígrados, nada de frio. E é neste período que as chuvas são mais escassas. Você terá lindos dias de sol e apesar de calor não será algo insuportável. Estivemos por lá em fevereiro e foi difícil suportar tanto calor.
Consulte a tabela e escolha a data
O que comer
Nesta região do mundo a culinária não é requintada e nem faz parte das atrações locais como na França ou Itália. O prato tradicional é o mesmo em todos os países. O que varia é apenas o nome conforme o país em que você está. No Quênia, Tanzânia e África do Sul é chamada de ugali. Chima em Moçambique. Sadza no Zimbabue. No Malawi é nsima e na Zâmbia o nome é quase igual, nshima.
A massa composta de farinha de milho, água quente e sal não tem gosto de nada. Talvez por isso eles comumente sempre a sirvam com molho de tomate apimentado. Como não quero ser monótono e repetitivo deixo algumas alternativas ao “arroz com feijão” deles.
Devido a colonização portuguesa é muito fácil encontrar pão. Pão francês mesmo, como estamos acostumados no Brasil. É só ir a qualquer padaria. O frango peri peri é outra opção bem local. Frango marinado no limão e alho com molho peri peri (apimentado). Geralmente comido com batata frita. E para beber a tradicional e acredito que única cerveja do país (eu só encontrei esta), a 2M. A beira mar como em Vilanculos tente encontrar frutos do mar. Os pescadores podem te vender na praia mesmo. Castanha de caju também tem aos montes e são vendidas nas paradas dos machimbombos.
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