Look da Muzungu Sisters, disponível no estabelecimento
A Matriark, de Patricia Assui Reed, trabalha apenas com labels dirigidas por mulheres e dedica 10% de seus lucros a vítimas de abuso sexual.

Durante os últimos anos, Patricia Assui Reed, diretora internacional de comunicações de um grupo de shopping centers brasileiro, viu um movimento alarmante no mundo fashion. 

Enquanto 75% do consumo de moda são feitos pelo público feminino, apenas 14% das marcas de são comandadas por mulheres. Os dados despertaram na empresária o desejo de investir em um novo modelo de negócio, voltado, integralmente, à sorosidade. Esse é o principal pilar da Matriark, multimarcas americana que trabalha apenas com etiquetas comandadas por mulheres e tem chamado atenção no mercado internacional.

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Foi-se o tempo em que as marcas ofereciam apenas produtos e serviços aos consumidores. Hoje, a responsabilidade socioambiental é decisiva na hora de fidelizar clientes.
bem como criações da brasileira Patricia Bonaldi
Patricia assistiu a essa revolução de camarote, enquanto trabalhava ao lado de grifes como Ralph Lauren, Tiffany & Co. e Louboutin.

Convicta de que o mundo não precisa de mais roupas, a brasileira negava a possibilidade de criar mais uma loja para entupir o meio ambiente com peças descartadas.

No entanto, ela percebeu que seu know-how poderia representar uma nova realidade para as mulheres do segmento têxtil.
“Até que esse sistema esteja mais equilibrado, acho que a melhor maneira de as mulheres terem poder é se elas tiverem seus próprios negócios”, disse ela ao site Barrons.

Um ano atrás, Patricia mudou-se de Manhattan para Sag Harbor, nos Hamptons, com o intuito de abrir um espaço que destacaria marcas dirigidas por mulheres. “Eu queria apoiar essas etiquetas e doar uma porcentagem dos meus lucros para organizações filantrópicas que ajudam o público feminino”, explica.
Loja já foi apelidada como Gingerbread House em Sag Harbor
Inaugurada no primeiro semestre de 2019, a loja terá 10% de seus lucros destinado a organização não governamental (ONG) de Long Island The Retreat, que oferece apoio a vítimas de violência doméstica e abuso sexual.

“Todo mundo comenta sobre o quanto ama nossa missão e propósito. As pessoas adoram a história das marcas, a simpatia de nossa equipe e o ambiente acolhedor. Há muita boa vontade e estou emocionada com a recepção”, relatou Patricia.

O prédio vitoriano de dois andares abriga labels como Amrose, Amaio, BKLYN Clay, Missoni Home, Le Monde Beryl Shoes e Daphne Verley, entre as muitas outras vendidas na boutique. A empresária afirma que já era fã de muitas das etiquetas com que trabalha, mas várias descobriu por meio do Instagram. “Tenho focado em marcas menores e independentes que apoiam nossa missão e estão fazendo um trabalho incrível por conta própria”, detalhou à Forbes.
                              Apenas marcas dirigidas por mulheres podem vender no espaço





































Para os próximos meses, Patricia espera lançar um e-commerce e, em longo prazo, o plano é apoiar instituições globais de caridade. A empresária acredita que seu modelo de negócio tem capacidade para desencadear um efeito dominó no mundo da moda. “Mais mulheres podem se beneficiar. Vamos ver. Eu não estou com pressa. Quero fazer isso direito, mas sinto que é apenas o começo”, finaliza.
                          Acessórios da Lulu Frost também estão expostos por lá

Fonte: Metrópoles-DF