Falta opção de roupas para mulheres acima do
peso. Em cima dessa dificuldade, a administradora de empresas Cynthia Horowicz,
52, viu uma oportunidade de negócio.
Criou, em 2013, o site Flaminga, especializado
em moda plus size, e faturou, no ano passado, R$ 3,3 milhões. O lucro não foi
relevado. A expectativa para este ano é fechar em R$ 5 milhões.
Para abrir a companhia, ela contou com duas
sócias, a irmã Cristina Horowicz, 47, que tinha uma confecção de roupas tamanho
GG, e a amiga radialista Sylvia Sendecz, 49, além de um investidor.
"A Sylvia produzia peças plus size, mas só
vendia no atacado. Percebemos que seria uma boa oportunidade ampliar o leque e
começar a oferecer mais marcas para as clientes do varejo."
Hoje o site comercializa 50 marcas com opções
de lingerie e roupa da numeração 44 a
60. A peça mais barata é um cinto, de R$ 15, e a mais cara é um casaco, de R$
600. Segundo Horowicz, os tamanhos que vão do 50 ao 60 são os que o site
identificou a maior carência de oferta.
"Quando criamos
a loja, havia pouca opção para as mulheres tamanho GG comprar. Hoje há mais,
mas elas continuam reivindicando peças mais antenadas à moda." Acabamento
é diferente
Segundo a empresária, as peças plus size exigem laterais mais largas
para dar mais sustentação e conforto para a usuária. As costuras também devem
ser reforçadas e as alças, no caso de uma blusa ou sutiã, por exemplo, mais
largas para não apertar os ombros. Aline Michelle Cardoso, consultora do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo concorda com ela. "Esse tipo de confecção exige uma mão de obra muito qualificada para dar o caimento que as peças exigem."
Cardoso também diz que as peças plus size são mais caras do que as com
numeração menor. No entanto, ela afirma que o público sabe disso e compra
porque as opções no mercado ainda são poucas.
E-commerce é positivo
A empresária afirma que muitas clientes também não gostam de ir à loja,
por isso aprovaram a venda pela internet. "No site, nós informamos todas
as medidas de cada numeração para facilitar a compra, e elas se dizem mais
confortáveis com esse tipo de atendimento."
A consultora Aline Cardoso também faz essa observação. "Em todas as
pesquisas que fizemos, a maioria das gordinhas afirmou que se sente constrangia
ao entrar em uma loja para experimentar uma roupa." "A modelagem é totalmente diferente do que as roupas com numeração menor. Não dá para simplesmente aumentar a numeração seguindo a tabela. O caimento é outro e precisa de atenção."
A dificuldade em encontrar lingerie sexy motivou a administradora Andrea
Vasques, que vive em Brasília (DF), a empreender. Na foto, modelo usa um
conjunto da linha tamanho grande da empresária. O preço das calcinhas varia de
R$ 19,90 a R$ 59,90 e do sutiã de R$ 69,90 a R$ 119,90 Onde encontrar:?
Fonte:www.flaminga.com.br
0 Comentários