"Não precisava nem de ser delegado, poderia ser até qualquer cidadão responsável naquela cidade para poder declarar o impedimento do agressor à proximidade da vítima. De repente, querem criar uma situação. Ou não temos comarca instalada, não temos juízes suficientes para isso, e a mulher, até que o juiz decida, vai ficar vitimada e sofrendo, amanhã, o risco de ser violentada ou, muitas vezes, serem assassinadas, como estamos assistindo no País", argumentou o senador goiano em plenário.
O pedido de adiamento da votação foi rejeitado pelo plenário da Casa. O parlamentar reforçou a emergência do projeto para proteger mulheres que várias vezes levam muito tempo para ter acesso a um juiz. "Ora, não tem por que esta discussão. Se tirarmos a discussão do corporativismo, se caminharmos para o bom-senso, ninguém estará invadindo a seara de ninguém, mas estaremos salvando vidas. Salvar vidas, esta é que é a discussão nossa, neste momento. Agora, quem vai salvar essa vida? Quem estiver mais perto. Quem está mais perto num município longínquo no País. Vai estar lá a juíza ou juiz de plantão? Meus parabéns. Se não tiver, pode ser o delegado ou delegada. É preciso afastar o corporativismo e trabalharmos com bom senso", destacou ao lembrar que em Goiás vários municípios não tem comarca.
"Da maneira como as coisas estão caminhando este Brasil, o Estado brasileiro vai ser sequestrado pelas corporações. É inaceitável isso", concluiu.
Matéria: Assessoria Liderança DEmocratas Senado
Foto: Sidney Lins Jr / Agência Liderança
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