Nessa foto, Gisele Bündchen está se concentrando no camarim, antes de entrar e fazer sua participação na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Brasil. 
Muitos podem se perguntar: o que isso tem demais? É só observar em torno dela, os detalhes da imagem, eles dizem mais que muitas palavras. Um piso de cimento cru, recortes do que parece ser um carpete cobrindo uma parte do chão, cadeiras simples, objetos empilhados num canto, tomadas sem acabamento e proteção e paredes sem reboco em algumas partes e sem pintura. Um espaço simples, inacabado e, pelo jeito, improvisado. 
No centro dessa sala, ela: a maior modelo do planeta, a maior fortuna do mundo da moda, o que os entendidos chamam de "über model" ( que está acima das top models). E eu concordo!
O que ela faz nesse momento da foto? Está pronta, vestida, penteada e maquiada, se concentrando antes de ir cumprir sua parte no evento. Não está ligando para o ambiente em que a colocaram, nem dando "piti" ou reclamando. Está fazendo o seu trabalho, independente do aparato. 
Aí paro e penso em quantas pessoas que estão começando suas carreiras e fazendo mil exigências. Artistas, atores, modelos, misses, cantores e jornalistas que são contratados para um evento e pedem um milhão de coisas, tem listas de pedidos para camarim, um séquito de funcionários correndo em volta. Reclamam do vôo que fizeram, do carro que foi buscá-los, do camarim, se tem que caminhar 100 metros a mais, se o ar condicionado não está a contento, se não tem um tipo específico de flores no espaço, se tem champanhe da marca preferida, se o figurino não é do jeito que imaginaram, da maquiagem, do cabelo, da iluminação do lugar, se tem quem entregue água na sua mão, quem lhe alcance tudo que precisar, se tem que esperar um pouco, entre outras milhares de coisas. 
As pessoas não percebem que não é esse aparato todo que faz o resultado. A Gisele mesmo estando nesse espaço simples, entrou no estádio e brilhou. Iluminou os olhares de todo mundo. Porque a luz que emana está nela e não nas coisas, ou num suposto aparato que teria. 
Aprendam que bons profissionais e pessoas de sucesso não dependem das coisas, mas do seu próprio talento. 
É claro que sabemos que ela é uma pessoa com posses e consequentemente deve vivenciar facilidades, mimos e cortejos, com todo mérito. Mas o importante é saber que apresenta o mesmo resultado estando numa sala inacabada ou num camarim coberto de ouro. Sabe se virar em qualquer lugar, sem se importar ou deixar que isso seja o mais importante. 
Eu vejo beleza e majestade na simplicidade dessa foto. E, mais ainda, uma profissional que merece o sucesso que tem! 
Enquanto, por outro lado, vejo diariamente tantas pessoas boçais, que precisam de alguém com quem possam gritar ou que lhe sirva um copo de água na mão para se sentirem importantes.
Obs.: agora sei de onde veio a origem dos vários textos que li no final de semana e dessa bela foto que acabaram me inspirando a escrever também sobre o tema. Parabéns, David Vieira! Que fique claro que essa foto também não foi feita por ele, ambos não sabemos quem é o autor da imagem, mas a mesma nos inspirou em nossas análises.
CREDITO-Carlos Totti via facebook