Atleta foi selecionada juntamente com mais dois brasilienses na categoria tiro com arco olímpico

 Três atletas paralímpicos brasilienses vão representar o Brasil, na modalidade tiro com arco olímpico, nas Paralimpíadas Rio 2016. Entre eles, está a servidora do Hospital de Base, Thaís Carvalho, que iniciou nos esportes em 2012.
 Desde que se tornou atleta a jovem já acumula importantes títulos, mas segundo Thaís, a Paralimpíada sempre foi a oportunidade mais sonhada, e desde o início de 2015, focou os treinos para a competição deste ano.
 " Quando consegui a medalha de prata no Parapan de Toronto [Canadá], no ano passado, eu e meu treinador vimos a real possibilidade de participar da Paralimpíada 2016", revela.
 MODALIDADE - O tiro com arco olímpico exige que os atletas acertem suas flechas no centro de um alvo posto a 70 metros de distância. A pontuação no alvo vai de um a dez, de acordo com a proximidade do círculo central. O arqueiro tem 40 segundos para atirar cada uma de suas seis flechas. Nas finais, o arqueiro tem 20 segundos para atirar cada uma de suas três flechas. No ar, a flecha pode ultrapassar a velocidade de 240km por hora.
 Nas provas individuais, os arqueiros que obtêm os melhores resultados após cinco séries de três flechas passam à fase seguinte. A mesma regra vale para as provas em equipe, mas classificam-se os melhores conjuntos após quatro séries de seis flechas.
 Thaís é a atleta responsável pela conquista da primeira vaga para o Brasil na modalidade em que atua e foi convocada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no dia 19 de julho. O embarque ao Rio de Janeiro já está marcado para o dia 31 agosto e a primeira disputa de tiro com arco feminino está prevista para 15 de setembro.
 "Eu já esperava por este resultado, mas a certeza mesmo só vem com a convocação. Esta convocação veio para tirar um peso das costas e garantir meu sonho. Acho que a maior sensação foi de alívio e de poder dizer: agora é oficial", comenta emocionada.
 SUPERAÇÃO – Thaís Carvalho tem uma história de superação muito bem observada pelo treinador, Christian Haensell. "Ela começou no esporte em 2012, no ano seguinte passou por uma amputação e em menos de um ano conseguiu se recuperar e alcançar índices olímpicos, ganhar medalhas", detalha.
A jovem tem pesudoartrose congênita e desde os três anos de idade, quando fraturou a tíbia direita, faz tratamentos e cirurgias. "Por conta da doença, a cicatrização e a junção do osso não acontece. Por isso, decidi amputar a minha perna direita e três meses depois da cirurgia, já estava de volta aos treinos", conta.
 Desde quando começou, Thaís se divide entre o trabalho no Hospital de Base, onde atua na diretoria administrativa, e os treinos no Clube do Exército. Quando precisa viajar para competir, conta com o período de férias e também com a colaboração da chefia.
 A jovem diz que, atualmente, está de férias por duas semanas para que possa se dedicar exclusivamente aos treinos até a data do voo. "Normalmente, trabalho de 07h às 13h, almoço e me arrumo para vir treinar. O treino vai até à noite e depois complemento com algum outro tipo de exercício, como musculação ou natação", esclarece.