Religiosos pedem maior "inclusão" da comunidade LGBT pela igreja Pouco tempo depois que o bispo de Grantham na Inglaterra, Nicholas Chamberlein, revelou que é gay e que está em uma relação amorosa com uma pessoa do mesmo sexo, outros 14 padres da Igreja Anglicana que também estão na mesma situação escreveram uma carta pedindo a "total inclusão" de religiosos LGBTI na Igreja.
A carta foi assinada tanto por padres e bispos que já haviam comentado sobre a sua orientação sexual como também por religiosos que compartilharam pela primeira vez informações sobre seu casamento com pessoas do mesmo sexo.
Em relação aos 14 escritores do documento, oito deles assinaram abertamente seus nomes enquanto outros seis esconderam sua identidade, para proteger a si e a seus companheiros, mas apoiaram à causa. Além disso, mais oito membros leigos da igreja que são da comunidade LGBTI e que estão casados também colocaram seus nomes na carta.
Casar com uma pessoa do mesmo sexo é algo proibido dentro das leis da Igreja Anglicana. Namoros homossexuais só são permitidos em alguns casos se não houver relações sexuais entre o casal.
Por isso, na carta, os autores afirmam que entendem "completamente que o momento para uma mudança na percepção oficial de casamento que a igreja tem pode não ser certo ainda".
No entanto, também dizem que várias pessoas que frequentam as "paróquias já fizeram essa mudança e é hora de respeitar que agora existe uma diversidade na teologia dentro da Igreja e que há mais de um entendimento do que um cristão fiel pode acreditar sobre o assunto".
"Nós sempre iremos querer uma inclusão total da comunidade LGBTI na igreja e continuaremos a trabalhar para esse fim. Esperamos um 'primeiro passo' acolhedor neste processo e um distanciamento dos danos e das feridas que foram feitas tão frequentemente em nome da Igreja", explica a carta que será entregue a alguns bispos em uma reunião na próxima semana. (ANSA)