A Polícia Civil do DF realizou, hoje (2), uma operação na Casa Militar do Governo do Distrito Federal e em duas residências particulares para cumprimento de uma ordem judicial de busca e apreensão. Nos locais foram coletados documentos, HDs, arquivos, smartphones e computadores.
As investigações começaram em 2011 para apurar a origem de R$ 151 mil que foram jogados no Palácio do Buriti pelo ex-militar João Dias Ferreira. À época, ele acusou trata-se de R$ 200 mil de propina que teria recebido alguns dias antes. Desde então a Deco investiga a veracidade dessas alegações e até o momento, os indícios apontam que isso não corresponde à realidade, descartando a hipótese de propina.
“Passamos a investigar a origem do montante, caminhando pela vertente do crime de lavagem de dinheiro, pois estavam se desfazendo de uma enorme quantia de origem desconhecida; há ainda a falsa comunicação de crime e uma aparente falsidade ideológica cercando toda a conduta ilícita”, afirma o delegado-adjunto da Deco, Adriano Valente.

A ação deflagrada pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco), nesta sexta-feira (2), contou com o apoio da Corregedoria-geral da PCDF e da PMDF, em razão dos investigados envolvidos. Policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE/PCDF) também participaram da operação.
João Dias foi conduzido coercitivamente à Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco), nesta sexta-feira (2), pois não teria comparecido quando fora intimado por seis vezes. Durante as investigações, ficou clara a relação estreita dele com o coronel Cirlândio Martins. Isso se deu tanto nos dias que antecederam o episódio da mala em 2011 e, principalmente no dia do fato.
Cirlândio não foi conduzido coercitivamente porque vem comparecendo à delegacia quando intimado, apesar de ter faltado com a verdade dos fatos. Esse é um dos motivos também das buscas realizadas nesta data.
As investigações prosseguem para um desfecho em breve. As evidências colhidas serão analisadas e periciadas. A partir das conclusões tiradas dessa documentação será relatado o inquérito policial.
Divisão de Comunicação/DGPC