Analisando o perfil destes doentes, o estudo aponta que tinham uma idade média de 77 anos e mais de metade (58%) eram mulheres,a grande maioria
(93%) dos doentes com insuficiência cardíaca acompanhados em cuidados de saúde primários têm outras doenças associadas, revela um estudo divulgado nesta sexta-feira (05).

Os doentes realizaram, em média, em 2014, cinco consultas com o médico de família e a quase totalidade consumiu medicamentos relacionados com a sua doença cardiovascular durante esse ano. 
Em contrapartida, cerca de um terço (35%) não realizou quaisquer exames médicos relacionados com a doença cardiovascular, no contexto do seu seguimento nos cuidados de saúde primários.

Realizado pelo Centro de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e pelo Centro de Estudos Aplicados da Católica Lisbon School of Business and Economics, o estudo envolveu 1,9 milhões de usuários que teve pelo menos uma consulta com o médico de família na Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo durante 2014.

Deste universo de doentes, 25.000 (1,4%) estavam registrados com o diagnóstico de insuficiência cardíaca, um valor que é cerca de 30% do esperado de acordo com a prevalência da doença em Portugal.
"A diferença pode ser explicada pelo facto do diagnóstico de insuficiência cardíaca não ter sido registado ou realizado (subdiagnóstico) em cuidados de saúde primários, ou ainda, pelo facto de o doente não ter tido nenhuma consulta com o seu médico de família durante 2014", explica a investigação.

Analisando o perfil destes doentes, o estudo aponta que tinham uma idade média de 77 anos e mais de metade (58%) eram mulheres.
Mais de 90% tinha pelo menos uma outra doença relevante associada, sendo as mais frequentes a pressão arterial elevada (81%), diabetes (32%) e doença isquêmica do coração (27%). Com informações da Lusa.