Unidade se tornou centro de referência e abriu vagas para pacientes de outras regiões do
DF

 Desde que o Hospital Regional de Samambaia iniciou o processo para se tornar Centro de Referência em Cirurgias de Pequena e Média Complexidade – hérnia e vesícula, em novembro de 2016, a fila de pacientes que aguardavam por estes procedimentos em Samambaia foi zerada. Um total de 273 pessoas foram contempladas.

Há um mês, porém, o fluxo na região foi reorganizado para que o HRSam ficasse responsável apenas pelas cirurgias eletivas, levando o Hospital Regional de Taguatinga a receber todos as cirurgias de trauma de Samambaia, Taguatinga e Recanto das Emas. 

Entre os beneficiados está Luzia Maria de Jesus, 66 anos. "Há pelo menos cinco anos ela vivia fazendo exames de risco cirúrgico e os vendo vencer porque demorava a chamar para a cirurgia. Porém, há um mês as coisas andaram depressa. Ela fez os exames, na semana seguinte levou ao médico e nesta sexta-feira (7) está internada para a cirurgia de vesícula", conta a filha dela, Elisângela.

O empresário Ronaldo José da Silva também foi contemplado. Entre a consulta na Clínica da Família no Recanto das Emas e a cirurgia foram oito meses de espera. "Nunca chegava a hora de fazer o procedimento. Me surpreendi quando chamaram para uma consulta e logo depois marcaram a cirurgia", conta, destacando que o procedimento durou apenas 30 minutos e que foi muito bem tratado enquanto esteve no HRSam.

Segundo a superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Lucilene Florêncio, o objetivo principal da criação desse centro de referência foi aumentar a produtividade e melhorar o atendimento ao cidadão, otimizando os recursos disponíveis, sejam eles materiais ou humanos, de forma a conseguir zerar a fila da Região Sudoeste e de todo o DF. 

São realizadas diariamente 11 cirurgias no HRSam. Cada procedimento dura, em média, uma hora. Já o tempo de internação médio é de 31 horas. Mas 24% dos pacientes são liberados em 24 horas.

OUTRAS REGIÕES - "Atualmente estamos com ambulatórios para atendimento aos pacientes de primeira vez para cirurgia geral, que não tenha diagnóstico definido, oriundos do Recanto das Emas e de demanda reprimida de Taguatinga. E também já abrimos, por meio de protocolo, para outros hospitais enviarem pacientes que estão prontos para classificação e programação de cirurgia", conta a superintendente.

De acordo com a chefe do Núcleo de Planejamento Monitoramento e Avaliação do HRSam, Michelle Lucas Nogueira, neste novo processo foram abertos quatro novos ambulatórios semanais para realização dessas consultas. "Isso representa 60 pacientes a mais entre a primeira consulta e retornos para marcação de cirurgias", contabiliza.

MUDANÇAS – Para permitir que o HRSam pudesse atender a demanda, foi feita uma reforma no centro cirúrgico para instalar uma sala pré-operatória. Também houve reforma do laboratório e da radiologia, além de pintura nas enfermarias da clínica cirúrgica.

"Além disso, foi desenvolvido o procedimento operacional padrão das cirurgias eletivas e do centro de referência, que indica o fluxo de pacientes de outras regiões, permitindo maior alinhamento entre as áreas. Existe também o acompanhamento de indicadores, procurando identificar as principais necessidades de ajuste no processo", explica Lucilene Florêncio.