Russo deve ser eleito novo presidente da Interpol, depois que o chinês Meng Hongwei desapareceu. Senadores americanos fizeram apelo para que sua candidatura seja rejeitada.

O Kremlin denunciou, nesta terça-feira (20), uma "ingerência" na eleição prevista para esta semana do novo presidente da Interpol, após a oposição de senadores americanos às especulações de que um general russo está entre os favoritos para ocupar a posição.

"Trata-se de uma forma ingerência no processo eleitoral e nas eleições de uma organização internacional", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Reunidos em assembleia geral desde domingo em Dubai, os delegados da Interpol devem eleger, nesta quarta-feira, o substituto de seu ex-presidente chinês Meng Hongwei, que desapareceu misteriosamente em outubro durante uma viagem a seu país.

Há dois candidatos na disputa para encerrar o mandato de quatro anos de Meng, que vai até 2020: o atual presidente interino, o sul-coreano Kim Jong-yang, e o vice-presidente e ex-funcionário de alto escalão do governo russo, Alexander Prokopchuk.

Segundo o jornal britânico "The Sunday Times", as autoridades britânicas antecipam que Prokopchuk, de 56 anos, um veterano do Ministério russo do Interior, será eleito.
A informação provocou a reação imediata de críticos do Kremlin, como o investidor britânico William Browder, e congressistas americanos.
Em uma carta aberta publicada na segunda-feira, quatro senadores fizeram um apelo aos delegados da Interpol para que rejeitem a candidatura de Prokopchuk.
Fonte: do G1