Dermatologista fala sobre cuidados para se livrar desse mau cheiro 
Na infância, uma das músicas que não saem da ponta da língua da garotada é a do sapo que não lava o pé. 

Mesmo que seja uma brincadeira, a canção chama a atenção da criançada para a importância da higiene dos pés

Se não forem bem cuidados, podem exalar o desagradável odor popularmente chamado de chulé. O cheiro é proveniente de fungos e bactérias que agem na queratina amassada pelo suor nos pés, gerando subprodutos que manifestam o odor.

O dermatologista Luciano Morgado, da clínica Monte Parnaso, na Asa Sul de Brasília, explica que a higienização dos pés é fundamental para eliminar o problema.

"É preciso ficar atento à higiene entre os dedos, onde pode ficar acumulada uma maior quantidade de sudorese. Então, lembre-se sempre de secar bem os pés. A umidade na região, somada às altas temperaturas, gera excesso de suor, causando o aparecimento de fungos. Se mesmo assim o cheiro continuar, recomendo a utilização de sprays e talcos antissépticos. Eles podem ser aplicados tanto nas meias como nos sapatos", orienta o especialista. 

O médico recomenda o uso de meias de algodão, que devem ser trocadas todos os dias. O algodão, segundo ele, absorve melhor o suor. Outros materiais – como borracha, plástico, poliéster e náilon – aumentam a transpiração porque absorvem mais calor.

"Faça sempre um rodízio nos calçados, e os deixe expostos ao sol. Isso fará com que diminua a umidade, evitando a proliferação de fungos e bactérias. Sempre que possível, deixe os pés arejados, e os calçados abertos”, diz o dermatologista.Também existem medicamentos antitranspirantes que atuam na diminuição da quantidade de suor nos pés.

“Podem ser prescritas fórmulas com ativos antifúngicos e antibacterianos. Outra opção são os talcos antissépticos específicos para os pés. Eles absorvem a umidade e inibirem a proliferação de bactérias e fungos”, explica Luciano Morgado.

E para quem tem chulé, uma notícia: você não passa vergonha sozinho: 

"O chulé pode ocorrer em qualquer pessoa, independente de idade ou tipo de pele. Mas a incidência é maior nos homens, por causa da testosterona, hormônio que aumenta o metabolismo e a produção de sudorese. Na adolescência esse problema pode ser mais frequente em função dos hormônios", finaliza o dermatologista.