A infertilidade conjugal atinge cerca de 15% da população brasileira em idade reprodutiva e afeta o sonho de ter filhos de muitos casais. 
O Projeto Ser Mãe ao Alcance de Toda Mulher abre inscrições para o atendimento gratuito de 100 casais inférteis. As consultas vão ser realizadas a partir do dia 16 de março, sempre aos sábados, das 8 às 12 horas, mediante agendamento prévio. O projeto, mantido pelo Instituto Verhum, tem como objetivo oferecer consulta gratuita para casais inférteis de baixa renda e aconselhamento reprodutivo para que eles aumentem suas chances de uma gravidez natural, uma vez que nem todos os casais que enfrentam problemas de infertilidade necessitam recorrer a uma técnica de reprodução assistida para ter um filho.

Os casais interessados em participar podem obter mais informações e agendar o atendimento através do telefone (61) 3365-4545. O atendimento será realizado na sede do Instituto Verhum, no Edifício Medical Plaza, QI 3, Lago Sul, mediante inscrição prévia por telefone e dentro do limite das vagas. As pacientes inscritas no projeto devem levar seus exames mais atuais e comparecer acompanhadas de seus parceiros no dia marcado para o atendimento. A investigação da infertilidade deve ser feita sempre com o casal.

A infertilidade é caracterizada pela ausência de gravidez em um casal com vida sexual ativa e que não usa medidas anticonceptivas por um período de um ou mais anos. “A vida reprodutiva é consequência natural da saúde sexual e quando não ocorre a gestação espontânea é importante buscar esclarecimento e ajuda especializada”, explica o ginecologista Vinicius Medina Lopes, especialista em Reprodução Humana e diretor do Instituto Verhum. “Cerca de 60% dos casos de infertilidade conseguem ser revertidos com tratamentos simples sem precisar recorrer a uma técnica mais complexa de reprodução assistida”, lembra Jean Pierre Barguil Brasileiro, especialista em Reprodução Humana e diretor do Instituto Verhum.

Projeto Ser Mãe

Idealizado em 2006 pelos médicos Jean Pierre Barguil Brasileiro e Vinicius Medina Lopes, diretores do Instituto Verhum, o projeto de responsabilidade social já realizou mais de mil consultas gratuitas para casais com infertilidade, além de centenas de exames como o espermograma e ecografia.

A proposta do projeto “Ser Mãe ao Alcance de Toda Mulher” é ajudar casais que não têm acesso ao tratamento na rede pública e que podem aumentar as chances de uma gravidez com um aconselhamento reprodutivo ou tratamentos mais simples. “Muitas mulheres podem ser tratadas com recursos simples, como medicamentos que corrigem um distúrbio de ovulação, por exemplo”, esclarece o médico Vinicius Medina Lopes. “Uma simples informação pode solucionar alguns casos de infertilidade conjugal e trazer a gravidez tão esperada”, acrescenta o ginecologista Jean Pierre Barguil Brasileiro.

Avaliação do casal infértil

Cerca de 30% dos casos de infertilidade de um casal são atribuídos à mulher, 30 % aos homens e em 20% dos casos o problema está presente em ambos os parceiros. Os 20% restantes representam a chamada infertilidade sem causa aparente, que requer uma investigação maior do casal infértil por parte do especialista. “Quando a gravidez não acontece, o homem também deve ter acompanhamento médico e participar junto com a sua parceira da investigação para diagnóstico e tratamento da infertilidade”, recomenda os especialistas.
Várias são as causas mais comuns que podem levar à infertilidade nas mulheres, dentre elas as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's), os distúrbios hormonais, obstrução nas trompas, problemas de malformação ou tumores no útero, endometriose, miomas e ovários policísticos.

Nos homens, um dos principais fatores de infertilidade é a varicocele, que consiste na dilatação anormal das veias que drenam o sangue na região dos testículos. Há também causas genéticas, homens que não têm espermatozoides (azoospermia) ou que apresentam uma concentração inferior a quinze milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen (oligozoospermia severa). As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), o uso de cigarro e o consumo de álcool e anabolizantes também podem comprometer a fertilidade.

É importante saber que uma mulher com menos de 30 anos pode esperar até dois anos para que aconteça a gravidez. Caso a mulher tenha mais de 30 anos não deve aguardar mais que um ano para iniciar uma investigação com o especialista. Se atingiu 35 anos, o prazo de espera não deve ultrapassar seis meses. Após os 40 anos se a mulher deseja engravidar deve, de imediato, iniciar a investigação da sua capacidade fértil.

Outros fatores também podem influenciar a saúde reprodutiva como o estresse, tabagismo, obesidade, poluição, consumo de álcool e de drogas, uso de alguns medicamentos, problemas da tireoide e a própria ansiedade.
O projeto oferece consultas e aconselhamento reprodutivo a casais inférteis. Os interessados em participar  podem obter mais informações e agendar o atendimento 
através do telefone (61) 3365-4545