Cineclube traz filmes realizados por diretoras brasilienses para a telona do Dulcina e fortalece a produção das mulheres da casa         

A próxima sessão do Cine Cleo, nesta quinta-feira (09/08), vai trazer diretoras de Brasília para exibir seus filmes. A sessão acontece às 19h na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes (Setor de Diversões Sul) e exibirá as produções 32 Mastigadas, de Maria Vitória; A Arte de Andar pelas Ruas, de Rafaela Camelo, e Catadores de História, de Tania Quaresma.

  “As mulheres ainda são pouco valorizadas no mercado audiovisual. Tanto no Brasil, quanto na capital federal. Esta sessão é de extrema importância porque estamos abrindo espaço para diretoras conceituadas de Brasília mostrarem suas obras”, destaca a curadora do Cine Cleo, Glênis Cardoso.

 Criado em outubro de 2017, o Cine Cleo é um cineclube brasiliense que foi fundado por atrizes, diretoras,
pesquisadoras, produtoras e técnicas na área audiovisual. Mulheres que debatem junto ao público, sempre quinzenalmente às quintas-feiras, temas de interesse social e de gênero.

 As sessões gratuitas acontecem às 19h na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e, além de dar espaço para a produção feminina, incentivam as atividades neste polo cultural do Distrito Federal.

 Mulheres atrás das telonas

 Após debater temas como Velhice e Seus Afetos, Espelhamento, Mulheres Que Amam Mulheres, dentre outros assuntos de interesse social e de gênero, agora será a vez de diretoras de Brasília mostrarem suas produções na telona montada na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.

 A 18ª sessão do cineclube chega com filmes como 32 Mastigadas, de Maria Vitória. 32 Mastigadas são consideradas ideais para uma boa digestão. Numa metáfora, existem em Brasília 16 quadras do lado norte e 16 do lado sul do Plano Piloto, somando 32 superquadras prontas para engolir e serem engolidas. O resto, é céu.

 Após passar por uma série de Festivais de âmbito nacional, A Arte de Andar Pelas Ruas, de Rafaela Camelo, chega também ao Dulcina. O filme retrata a história de duas garotas que se encontram pelas ruas da capital do país.

 Também na sessão, o público poderá conferir o documentário Catadores de História, de Tania Quaresma. A produção mostra o cotidiano dos catadores e catadoras de materiais recicláveis, que tiram seu sustento do que a sociedade descarta nos lixos. A história parte do lixão da chamada Estrutural, que fica a 18 quilômetros do Palácio do Planalto. Uma obra que, apesar das condições sub-humanas de trabalho,  dá exemplo de união, dignidade, solidariedade e cidadania. Ao final da sessão, as idealizadoras do Cine Cleo conduzirão um debate.

Histórico

 O Cine Cleo homenageia Cleo de Verberena (1909- 1972), a primeira mulher brasileira a dirigir um longa-metragem no país: O Mistério do Dominó Preto, em 1930.  O projeto é uma realização da Secretaria de Cultura do Distrito Federal com o patrocínio do FAC – Fundo de Apoio à Cultura. O cineclube faz ainda parceria com o projeto Verberenas, site colaborativo de críticas de cinema escritas por mulheres realizadoras audiovisuais. O projeto nasceu em 2015, dentro da Universidade de Brasília.

 Ficha técnica
Curadoria: Amanda Devulsky, Erika Bauer, Glênis Cardoso, Isabelle Araújo
Produção executiva: Natália Pires
Direção de produção: Natália Pires
Produção: Bárbara Cabral
Produção técnica: Mari Mira e Janaína Montalvão
Design e assessoria de comunicação: Flora Egécia (Estúdio Cajuína) Bianca Novais (Estúdio Cajuína)
Assessoria de imprensa: Baú Comunicação Integrada

 Serviço:
Cine Cleo (Cineclube das mulheres)
Dia 09 de agosto (quinta-feira), às 19h.
Em cartaz até agosto de 2018, quinzenalmente, sempre às quintas-feiras, às 19h.
Local: Na Faculdade Dulcina de Moraes - Conic (SDS)
Entrada franca
Informações: www.facebook.com/cinecleo/

Não recomendado para menores de 16 anos