A ONG Human Rights Watch divulgou, nesta quinta-feira (17), relatório anual sobre os problemas enfrentados em 90 países no que se refere ao cumprimentos dos direitos humanos.

A instituição investiga detalhadamente denúncias de violações e expõe os casos documentados, com o objetivo de cobrar políticas públicas e práticas que promovam os direitos humanos e a justiça.

Neste último balanço, a ONG destacou o problema da violência generalizada contra as mulheres no Brasil.

“Lamentavelmente, podemos dizer que no Brasil há uma epidemia de violência doméstica, que não é suficientemente abordada, protegida, atendida pela parte do Estado”, afirmou o diretor para a divisão das Américas da Human Rights Watch, José Miguel Vivanco.

De acordo com o relatório, foram 4.539 mortes de mulheres em 2017, sendo que a polícia registrou 1.133 como feminicídios . O documento, no entanto, aponta que o número de está provavelmente subnotificado.

Em relação ao número de casas que oferecem acolhimento para as vítimas de violência, caiu de 97 para 74.

A ONG também indica que a polícia não investiga devidamente milhares de casos de agressões, de maneira que muitos dos responsáveis não são processados. No fim de 2017, mais de 1,2 milhão de casos estavam pendentes nos tribunais.