Chegada da seca requer novo foco de atenção para evitar proliferação do aedes aegypti, e estudantes do Colégio Marista João Paulo II seguem com alerta de combate à doença ligado 

A temporada seca chegou ao DF, mas o sinal de alerta contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, segue ligado no Colégio Marista João Paulo II. Estudantes do Nível 2 da Educação Infantil e do 1º ao 5º ano EF realizam uma série de atividades voltadas para o combate ao mosquito. Eles aprendem de forma lúdica medidas preventivas, produzindo jarros para plantas e armadilhas contra o mosquito utilizando garrafas pets. 

Os jarrinhos confeccionados pelos estudantes do colégio, além de ensinarem o cuidado com a saúde, são uma lição de respeito ao meio ambiente. Eles aprendem a reciclar e, de quebra, cada um deles leva uma plantinha para cuidar em casa. 

“Eles gostam tanto da atividade que resolveram produzir mais jarros para colocar em locais estratégicos de setores do Colégio”, explica a professora Rosilândia Silva. “Durante a entrega dos jarrinhos, eles descreveram seus conhecimentos sobre o mosquito transmissor da dengue, atuando assim como verdadeiros multiplicadores”, ressalta a professora.

Além da atividade prática, as crianças pesquisaram sobre os insetos e sobre as doenças transmitidas pelo aedes aegypti como dengue, febre amarela, zika e chikungunya. As atividades fazem parte do projeto “A diversidade no mundo dos insetos”.
Os cuidados de prevenção devem continuar mesmo com o fim das chuvas, advertiu a Secretaria de Saúde do DF. Isso porque a água acumulada durante o período chuvoso em baldes, tambores, tonéis, vasinhos de planta são um perigoso foco de proliferação do aedes aegypti. 

E, neste ano, o DF enfrentou a circulação de um novo sorotipo do vírus causador da doença, o tipo 2, que elevou a incidência de casos. 
 Fundamentais na propagação das informações sobre o mosquito Aedes aegypti, as crianças são peças-chave na mobilização, não só por levarem as informações para casa, mas na formação de uma sociedade mais consciente no futuro.

Em sala de aula, os estudantes aprenderam as principais características do mosquito aedes aegypti. Eles descobriram, por exemplo, que o macho se alimenta de frutas ou de outros vegetais adocicados; já as fêmeas se alimentam de sangue animal, principalmente humano.

Segundo a professora Rosilândia, os estudantes ficaram admirados ao descobrir que a fêmea contaminada aplica uma substância anestésica na hora da picada, fazendo com que não haja dor, e que essas picadas geralmente ocorrem nas regiões dos pés, dos tornozelos e das pernas. Eles também participaram de rodas de conversa sobre os temas pesquisados, estudaram sobre a importância das abelhas e degustaram o mel produzido na Chácara Pequi, situada em Planaltina.

A ideia do colégio é proporcionar novos conhecimentos de formas coletiva e singular, e contribuir para que os alunos se tornem mais observadores e críticos - sejam crianças que queiram saber como e por que as coisas funcionam.

Sobre a dengue no DF - O último boletim da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, divulgado nesta segunda-feira (27), informa que de 1º de janeiro até 18 de maio foram confirmadas 21 mortes por dengue no DF e notificadas 21.360 ocorrências da doença. Uma semana atrás, os números do boletim davam conta de 19,8 mil casos e 16 mortes. De acordo com o levantamento, 20.752 (97,2%) dos registros são de moradores do Distrito Federal. Desse total, 18.649 são "casos prováveis de dengue". Além disso, 31 casos foram considerados extremamente graves pela secretaria e 309 com "sinais de alarme". 

Conversa Coletivo de Comunicação Criativa