Ele defendeu a manutenção dos policiais no texto, sinalizando para a sociedade que a reforma é igual para todos
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (5), que a inclusão de estados e municípios na PEC da reforma da Previdência não será possível, já que isso pode prejudicar a votação do texto em Plenário, marcada para esta terça-feira. Segundo ele, essa mudança pode tirar cerca de 60 votos da reforma.
“Cada governador tem sua realidade. Alguns compreenderam que é mais fácil assumir esse enfrentamento nas suas assembleias do que votar a favor de uma reforma encaminhada pelo governo Bolsonaro”, ponderou.
Joana Tess/@eujoanatess
Rodrigo Maia - entrevista coletiva
Maia dá entrevista coletiva antes de participar de evento em São Paulo
Ainda sobre o assunto, Maia disse acreditar que a retirada dos policiais do texto pode sinalizar para sociedade que a reforma não é igual para todos. Segundo Rodrigo Maia, o esforço feito pelos deputados foi garantir uma proposta na qual todos contribuam. Para ele, aprovar a retirada de uma categoria do texto pode gerar um efeito dominó ao longo da votação e inviabilizar a reforma da Previdência. O presidente disse que os policiais querem a integralidade e a paridade, mas que isso não vai ser possível.
“Espero que não haja mudanças. O texto do relator foi muito negociado, espero que não tiremos nenhuma categoria do Plenário, para manter o discurso de que todos vão contribuir com esse esforço”, disse.
Maia informou que vai se reunir com líderes neste fim-de-semana para organizar o procedimento de votação e a contagem dos votos. A expectativa, segundo o presidente, é começar a votação na terça-feira (9). Segundo ele, a sociedade compreendeu a importância da reforma para garantir o equilíbrio fiscal do País e o pagamento das futuras aposentadorias e salários.
“É o resultado da maturidade da sociedade brasileira, os deputados estão preparados. Se existem os 308 votos é porque os eleitores dos deputados compreenderam que esse sacrifício vale a pena”, afirmou.


Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Ana Chalub

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