Talvez você tenha torcido o nariz só de ler o termo "política monetária", achando que esse assunto é chato, difícil ou que não tem relação com a sua vida. Mas a verdade é que esse montão de siglas e nomes como Copom, Selic e inflação tem TUDO a ver com o seu dinheiro, e afeta sua vida financeira diariamente.

Pense naquele mês em que seu orçamento saiu completamente do controle. As contas estavam tão caóticas que você não sabia se podia comprar um café na padaria sem provocar uma catástrofe ainda maior. Agora imagine isso acontecendo todos os meses. Dá um desespero só de pensar, né?

Ninguém gosta de contas desequilibradas. Assim como você precisa controlar seu orçamento, o país também precisa de organização financeira. E esse equilíbrio das contas é o grande objetivo da política monetária.

Então vem cá que na newsletter de hoje a gente vai te explicar de um jeito fácil, e mostrar que a política monetária mexe tanto com o seu orçamento quanto os boletos de início de ano.
Política monetária simplificada
Ela está em todo lugar. Nos preços que você vê no mercado, no momento em que você parcela suas compras no cartão, na hora em que paga as suas contas, no empréstimo que está pensando em pegar e até nos investimentos que planeja fazer.

São três pilares. A Política fiscal é o orçamento: assim como você sabe suas receitas e despesas, o governo também controla as próprias contas. A Política cambial é a relação financeira entre o Brasil e outros países, que é a maneira do país administrar a negociação de moedas estrangeiras por aqui. Já a Política monetária é o pilar responsável pela circulação de dinheiro no país.

Controle dos gastos. Quando tem muito dinheiro disponível, o consumo aumenta, elevando a inflação. Quando tem pouco, as pessoas buscam empréstimos para pagar as contas, e os juros disparam. A política monetária existe para equilibrar a quantidade de dinheiro no país.
Mas quem faz esse controle? O dono da bola. O órgão responsável pela política monetária é o Banco Central, que tem como meta equilibrar os pratos. Isso significa manter o custo e a quantidade de dinheiro na medida saudável para o país. Ele levanta muitos dados para entender como está a economia nos detalhes, e estabelecer metas que mantenham tudo nos eixos.

Metas e planos. O Bacen traça metas para manter a economia no lugar, e a principal delas é a de inflação. Inflação controlada garante previsibilidade. Com preços estáveis, todo mundo é capaz de se planejar. Você consegue saber quanto pode gastar no mês, as empresas conseguem investir sem surpresas, investidores se sentem mais seguros para colocar mais dinheiro.

Equilíbrio é tudo. A estabilidade e a previsibilidade dos preços são as grandes metas da política monetária. Pensa bem: quem coloca seu dinheiro em uma aposta no escuro? Ninguém! Por isso, o Banco Central define metas anuais de inflação. O objetivo é manter o dinheiro circulando no valor e na quantidade certa, mantendo a inflação sob controle.

E se não der certo? O que você faz quando suas contas saem da linha? Alguns ajustes, né? Para cumprir a missão de controlar a inflação e equilibrar a quantidade de dinheiro na economia, o Banco Central também tem ferramentas. A taxa Selic é a principal delas.

Sobe e desce. A Selic é a taxa básica de juros do país, e guia todas as outras taxas, inclusive a do seu cartão de crédito, de empréstimos, e rendimentos de muitos investimentos que você conhece, como a poupança. Quando a inflação sobe, a tendência é que o Banco Central aumente a Selic para desacelerar o consumo e forçar os preços a caírem.

Seu dinheiro nisso tudo. 
Direto no seu bolso. Para reduzir a quantidade de dinheiro no país, o Banco Central eleva a taxa Selic, ou seja, aumenta os juros. Quando ela sobe, as demais taxas de juros tendem a ficar maiores também. Para você, isso significa que fica mais caro pegar um empréstimo, entrar num financiamento ou parcelar uma compra, por exemplo.

Futuro do presente. A política monetária não mexe apenas com o seu bolso e suas decisões no presente. Ela também afeta o seu comportamento financeiro futuro. E não tem nada a ver com adivinhação, mas com expectativas.

Otimismo ou pessimismo. Se você vê pessoas sendo demitidas da empresa onde trabalha, quais são as chances de entrar agora em um financiamento ou de aumentar os gastos? Quase nenhuma, certo? É que neste caso suas expectativas não estão otimistas. Com medo de ficar sem trabalho e sem renda, você pensa duas vezes antes de contrair dívidas.

Sem surpresas. A política monetária mexe justamente com as expectativas – as suas, a das empresas e investidores. Se você sabe que juros maiores significam uma economia mais lenta, dá pra enxergar o que vem por aí. Ela te dá previsibilidade e permite que você se planeje. Claro, não é receita de bolo, mas pelo menos você consegue sacar o movimento geral da política monetária, né?

Com Informações do BlogNubanck