No próximo sábado 21/05, Cecília Mulieca, escritora e poeta premiada, se apresenta gratuitamente na Casa Afrolatina 

Após o início da temporada de apresentações restrita a estudantes de escolas públicas, o Sarau da Poesia Negra poderá ser prestigiado pelo público em geral. As apresentações têm como objetivo promover o intercâmbio entre poetas negres do DF, além de possibilitar rodas de conversa entre público e artistas.

No próximo sábado 21/05, a partir das 17h, Cecília Mulieca, escritora e poeta premiada, se apresenta gratuitamente, no último dia de programação do projeto, na Casa Afrolatina.

A iniciativa é uma realização da Uma Produtora Gestão em Projetos, Instituto Rosa dos Ventos, BTM, Circuito Candango de Culturas Populares e viabilizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF.

            O idealizador, Fenelon Santos, comenta sobre a importância de um projeto como esse em nosso contexto atual: “os escritores não negros, de forma geral, sempre tiveram grande facilidade na inserção de seus livros (grandes editoras) ao passo que os negros têm que sair com um "pires" na mão à procura de uma chance de editar seus livros. Por essas e outras, acho de grande importância a realização de projetos como o Sarau da Poesia Negra. É mais uma forma de mostrar para o público que temos grandes nomes da poesia e muitos talentos latentes à espera de uma chance de serem vistos. ”

 

Primeiro ato

Desde o início do Sarau, com apresentações que começaram em abril e seguem até junho, estudantes estão tendo a oportunidade de vivenciar um contato amplificado com a poesia, uma vez que o sarau oferece, além de rodas de bate-papo, leituras performáticas, interpretadas cenicamente por um elenco negro de atores e atrizes de Brasília. A ação segue um dos principais eixos do projeto, que é a educação antirracista de forma lúdica e interativa, de acordo com o previsto na Lei 10.639/03 – trata da inclusão obrigatória, no currículo oficial da Rede de Ensino, da temática História e Cultura Afro-Brasileira. Com isso, de acordo com a organização da iniciativa, a ideia é instrumentalizar esses e essas jovens, a fim de deixar um lastro de resistência evidente na formação de cabeças pensantes e atuantes em seu próprio futuro e no do país.

Ana Celina, coordenadora geral do projeto, compartilha a sua visão sobre os primeiros resultados da iniciativa: “o Sarau tem sido um espaço de fala e de reconhecimento para alunes que estão tirando a poesia de um lugar intelectualizado e estão utilizando-a como ferramenta para a representatividade. Por meio do rap, com Mano Dáblio, da poesia feminista, com Cristiane Sobral e da poesia de gênero com Pietra Sousa, jovens estão vendo que poesia é também uma forma de expressão do que se é, sente e vê. ”

 

Sarau para todes

 

O momento de apresentar-se à comunidade candanga em geral terá recitais e rodas de conversa. Ainda, a partir do conceito de microfone aberto, a população será incentivada a ler seus escritos durante os intervalos das apresentações. 

 

 

Serviço: Sarau da Poesia Negra.

Redes sociais: @saraudapoesianegra.

Data: 21/05, às 17h  última  apresentação

Local: Casa Afrolatinas – Núcleo Bandeirante:  

Poeta: Cecília Mulieca.