A cantora e compositora britânica Jessie J revelou diagnóstico de câncer de mama em estágio inicial e anunciou uma pausa na carreira: “Estou me apegando à palavra ‘precoce’”.
“Fui diagnosticada com câncer de mama precoce”, disse Jessie. “O câncer é terrível de qualquer forma, mas estou me apegando à palavra ‘precoce’.” A cantora já passou por uma intervenção cirúrgica.
O médico oncologista e mastologista, PhD e mestre na área, Dr. Wesley Pereira Andrade, comenta o caso, “trata-se de uma paciente jovem, ainda fora da idade habitual de rastreamento, que se inicia a partir dos 40 anos. Nessas circunstâncias, a maioria das lesões é percebida pelas próprias pacientes, durante o banho ou no autoexame das mamas (atualmente chamado de autoconhecimento das mamas). Algumas populações de altíssimo risco — com mutações dos genes TP53, BRCA1, BRCA2 ou com histórico familiar importante de câncer de mama — iniciam seus check-ups antes dessa idade”.
Câncer de Mama Precoce: O que é e por que o diagnóstico rápido salva vidas
O câncer de mama precoce é diagnosticado em seus estágios iniciais, geralmente quando o tumor ainda está localizado na mama e não se espalhou para outros órgãos. Segundo médico, detectar o câncer nesse momento faz toda a diferença para o sucesso do tratamento e para as chances de cura.
Características do câncer de mama precoce
De acordo com especialista, entre as características estão:
Tumores de até 5 cm;
Sem comprometimento axilar (N0) ou com comprometimento axilar inicial (N1);
Muitas vezes não apresenta sintomas visíveis e é detectado apenas por exames de rastreamento como a mamografia;
Estadiamento: T1 ou T2 / N0 ou N1 / M0 (Estágio I e II)
“Mesmo com essa definição médica de tumor precoce, o mais importante é detectar tumores ULTRAPRECOCES, antes de serem palpáveis” afirma o médico
O que caracteriza o câncer de mama ultra precoce? *
Tumores pequenos, geralmente com menos de 2 cm;
Ausência de metástases (sem acometimento de linfonodos axilares ou outros órgãos);
Geralmente assintomáticos, detectados apenas por mamografia;
Estadiamento: T1 / N0 / M0 (Estágio I)
Na opinião do mastologista, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura para cerca de 95% e permite tratamentos menos agressivos e, muitas vezes, a preservação da mama com técnicas mais simples. Além disso, reduz a necessidade de quimioterapia ou radioterapia em alguns casos a depender do nome e sobrenome do câncer, bem como da idade das pacientes e outras variáveis técnicas e melhora a qualidade de vida e reduz o impacto físico e emocional da doença
Como identificar precocemente?
Para o médico, o paciente deve realizar a mamografia anualmente a partir dos 40 anos (ou antes, se houver histórico familiar) e ficar atenta a qualquer alteração nas mamas, mesmo que pequena e manter acompanhamento regular com o mastologista.
“O câncer de mama precoce tem tratamento e tem cura. Com os avanços da medicina e o acesso a exames mais precisos, é possível diagnosticar e tratar o câncer de mama de forma cada vez mais eficaz. O mais importante é não adiar a prevenção. Outro detalhe importante, esse câncer de mama diagnosticado em sua fase ultra precoce, na grande maioria das vezes não necessita de quimioterapia complementar. Sendo a cirurgia, radioterapia e hormonioterapia suficiente na maioria dos casos dos cânceres iniciais”, conclui.
Dr. Wesley Pereira Andrade
O oncologista é MD, Ph.D., mestre e doutor em Oncologia, além de mastologista e cirurgião oncologista. Dr. Wesley Pereira Andrade é médico titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). CRM-SP 122593
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