O movimento nacional “Uma Mulher para o STF” vem mobilizando juristas, advogadas e a sociedade civil em defesa de mais representatividade feminina no Supremo Tribunal Federal (STF). 

A iniciativa já reúne mais de 42 mil assinaturas em petição online, endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo que a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso seja ocupada por uma mulher com sólida trajetória jurídica e reconhecido compromisso com a Constituição e a democracia.  Juristas à frente da mobilização

A carta ao presidente Lula é assinada por renomadas advogadas e juristas:

Claudia Bernasconi, Gabriela Prioli, Luisa Moraes Abreu Ferreira, Luiza Oliver, Marina Coelho Araújo, Patricia Vanzolini, Renata Mariz de Oliveira, Silvia Felipe Marzagão, Silvia Souza e Thais Rego Monteiro.

Entre as signatárias está Silvia Felipe Marzagão, presidenta da Comissão Especial da Advocacia de Família e Sucessões da OAB/SP, diretora do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família) e especialista em Direito de Família e Sucessões.   Reconhecida por sua atuação em prol da equidade de gênero no Judiciário, Silvia Marzagão tem sido uma das vozes mais ativas na defesa da presença feminina nas instâncias superiores do sistema de Justiça.  

Mais de 130 anos com apenas três mulheres no STF

Para Silvia, o fato de o STF ter contado com apenas três mulheres em mais de 130 anos de história republicana revela uma desigualdade que precisa ser enfrentada.

“A diversidade de gênero não é apenas uma pauta simbólica, mas um imperativo democrático. A presença de mulheres nas Cortes Superiores amplia o olhar sobre os temas constitucionais e aproxima o Judiciário da sociedade”, destaca a advogada.

Democracia e diversidade no centro do debate

O movimento “Uma Mulher para o STF” propõe um diálogo nacional sobre o perfil técnico, ético e democrático que se espera da próxima ministra da Suprema Corte.
Para as juristas envolvidas, representatividade importa, e uma Corte mais plural contribui para decisões mais sensíveis às realidades sociais e de gênero.

Silvia reforça ainda que o papel da sociedade civil é fundamental nessa mobilização:

Quando a sociedade se engaja, o debate se torna mais legítimo e inclusivo. É assim que fortalecemos a democracia”, afirma.

Participação e apoio

A petição continua aberta para adesões e pode ser acessada online.

O movimento convida cidadãos e cidadãs de todo o país a apoiarem a causa, reforçando que a presença de mulheres no STF é uma questão de justiça, representatividade e democracia.

Entre os assuntos que pode abordar estão:

  • A sub-representação feminina histórica no STF;

  • O impacto da diversidade de gênero nas decisões da Suprema Corte;

  • O perfil técnico e ético defendido para a próxima ministra;

  • E o papel da sociedade civil na promoção da equidade no Judiciário.

  • Contexto

    A carta aberta, publicada na Folha de S.Paulo e disponível em change.org/umamulherparaostf, foi assinada por dez advogadas de destaque nacional: Claudia Bernasconi, Gabriela Prioli, Luisa Moraes Abreu Ferreira, Luiza Oliver, Marina Coelho Araújo, Patricia Vanzolini, Renata Mariz de Oliveira, Silvia Marzagão, Silvia Souza e Thais Rego Monteiro.

    O texto afirma que a escolha de uma mulher para o STF “não é uma concessão identitária, mas um gesto de justiça institucional e fortalecimento da democracia”, e descreve o perfil desejado para a nova ministra:

    • Sólida carreira jurídica e contribuição técnica reconhecida;
    • Profundo conhecimento em Direito Constitucional e temas estruturantes do Estado;
    • Compromisso inabalável com o Estado Democrático de Direito e com a justiça social;
    • Sensibilidade ética e institucional;
    • Compromisso com a diversidade e a inclusão.

    O movimento vem ganhando força nas redes sociais e já conta com o apoio de artistas e personalidades como Anitta, Juliette e Angélica, além de juristas, professoras e magistradas de todo o país.

    Mais sobre Silvia Felipe Marzagão

    Sócia do escritório, presidenta da Comissão Especial da Advocacia de Família e Sucessões da OAB/SP e Conselheira da OAB/SP, atua no Direito de Família e Sucessões, com vasta experiência em litígios, procedimentos consensuais, mediações e arbitragem. É diretora do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família) e membro da Comissão de Direito de Família do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo). É mestre em direito civil pela PUC/SP, coordenadora de pós-graduação e professora em vários cursos.

    LinkedIn: Silvia Felipe Marzagão