O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique vai contratar 8.857 professores que deverão entrar no ativo no próximo ano em diferentes escolas distribuídas por todo o território nacional.
Maputo - O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano vai contratar 8.857 professores que deverão entrar no ativo próximo ano em diferentes escolas distribuídas por todo o território nacional.
O titular do pelouro de Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrao, que anunciou o facto no decurso dos trabalhos da VII Reunião Nacional dos Governos Locais que hoje termina em Nacala Porto, disse tratar-se de professores formados este ano.
  Actualmente, o sector conta com um total de 35.500 professores, cinco mil dos quais não possuem formação psicopedagógica.

"A nossa aposta e formar professores. Por isso, estamos a trabalhar na criação de um novo modelo de formação que deve ser definitivo", disse Ferrão.
O governante destacou que existem 18 distritos com graves problemas de rácio professor/aluno (em Moçambique o rácio e de um professor para 60 alunos), mas nos distritos em referência o rácio e muito mais elevado.
"No Sistema Nacional de Educação temos 20 mil professores licenciados e se continuarmos a contratar docentes com este nível de formação não vamos ter capacidade financeira para continuarmos a contratar professores", revelou o ministro.
O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, segundo Ferrão, não interfere na questão da contratação de professores. Os distritos e que determinam o número de docente que devem ser contratados, de acordo com a realidade de cada polo de desenvolvimento (distrito).
Por outro lado, o governante disse que existem professores que dedicam mais tempo as actividades de lazer em detrimento das educativas, facto que contribui para a fraca qualidade de ensino.
Para contrapor este fenómeno, o titular do pelouro de Educação e Desenvolvimento Humano apontou a necessidade da realização de inspecções pedagógicas permanentes.
O ministro apelou aos administradores a realizarem inspecções permanentes nas escolas, destacando que se ficarem a espera de inpectores nacionais e provinciais o trabalho não vai ter a dinâmica que se pretende imprimir.
"A supervisão tem que começar do distrito. Se queremos resultados, os governadores e administradores tem que encontrar formas de fazer inspeção', disse Ferrao.
Num outro desenvolvimento, Jorge Ferrão apontou a necessidade de se encontrar critérios para a nomeação dos directores das escolas por um período de três anos para que estes não fiquem acomodados.
Esta tarefa actualmente e da competência dos Governos locais, explicou o ministro, avançando que os administradores devem entrar na discussao dos critérios de nomeação dos directores das escolas. AIM
fonte: ONU