Dos 55 senadores que votaram a favor da admissibilidade do
processo de impeachment de Dilma Rousseff em maio, 12 parlamentares, agora,
manifestam-se como indecisos ou evitam tornar público seu posicionamento.
É o
que mostra o Placar do Impeachment no Senado, que volta a ser publicado
diariamente .
O placar registra, no grupo "indeciso/não quis
responder", 19 senadores - além dos 12 que votaram a favor do impeachment,
três foram contra e três não votaram na sessão de 12 de maio que resultou no
afastamento da petista.
Este grupo será o fiel da balança na votação que pode
ocorrer em julho ou agosto - o cronograma do julgamento no Senado que vai
decidir sobre a perda ou não do mandato da petista ainda está em discussão -,
uma vez que 53 senadores já tornaram público seu posicionamento e disseram que
pretendem mantê-lo.
Este grupo será o fiel da balança na votação que pode
ocorrer em julho ou agosto - o cronograma do julgamento no Senado que vai
decidir sobre a perda ou não do mandato da petista ainda está em discussão -,
uma vez que 53 senadores já tornaram público seu posicionamento e disseram que
pretendem mantê-lo.
Até a conclusão desta matéria, o placar contabilizava 35
votos favoráveis ao impeachment e 18 contrários. Nove parlamentares não foram
localizados. Para o afastamento definitivo de Dilma, são necessários 54 votos
favoráveis dos 81 senadores.
Dos 22 senadores que votaram contra o impeachment, três,
agora, estão no grupo "indeciso/não quis responder".
'Ambiente'
Representantes do grupo que votou a favor do impeachment em
maio e, agora, migrou para a opção "indeciso/não quis responder", os
senadores Romário (PSB-RJ), Wellington Fagundes (PR-MT), Cristovam Buarque
(PPS-DF) e Roberto Rocha (PSB-MA) afirmaram que vão "aguardar os
desdobramentos dos acontecimentos" antes de decidir.
Isso, segundo Cristovam, passa não só pelo julgamento
técnico do processo, mas pela análise do ambiente político do presidente em
exercício Michel Temer. O senador do PPS, que desde maio diz que votou pela
admissibilidade do impeachment, mas vai analisar o processo antes de formar
opinião sobre o mérito, afirma que há diferenças cruciais entre a votação de
maio e a que está por vir. "Agora vamos analisar se há constatação de
crimes e isso não é votar, é julgar."
Senador Cristovam Buarque(PPS-DF) |
Para Cristovam, se, em maio, foi levado em conta o
"conjunto da obra" de Dilma, ou seja, fatos alheios ao que consta na
denúncia, na votação definitiva será considerado também o "conjunto da
obra" de Temer. "Além do afastamento, o Senado vai decidir se Temer
fica ou não. A questão será decidida por diferença de um ou dois votos."
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