Robusto arraiá agostino em Ceilândia contribui para manter viva as tradições de quadrilhas juninas e  união da comunidade

Moradores da região de Ceilândia e quadrilheiros, dos grupos populares do Distrito Federal e Planaltina de Goiás, ocuparam o pátio da paróquia Sagrado Coração de Jesus e São José, em Ceilândia Norte-DF, no último final de semana 16, 17 e 18 de agosto. O arraiá agostino, em sua 30ª edição, foi palco de reencontros entre vizinhos, colegas da época de escola e velhos conhecidos que pertencem a comunidade ceilandense.

Will Robson, morador de Ceilândia há 39 anos, disse que já é tradição da comunidade participar das festividades da paróquia. “Todos os anos venho na festa da Sagrado e reencontro amigos da escola, vejo os filhos deles e relembramos os bons tempos. As pessoas são bem receptivas e calorosas” afirma.
Poucas experiências são tão intensas e vivas no DF quanto à tradição dos festejos juninos. Por toda a cidade, grupos se organizam, atualizando e reinventando essa cultura que continua, ainda, falando muito das origens dos brasilienses, e em especial do Nordeste.

“É de impressionar a dimensão comunitária que se coloca nessa época do ano com a grande tradição junina. A meu ver está na comunhão e na promoção de alegria e cultura. Penso que feliz do povo que tem razões para se encontrar, para comemorar, para dançar junto” declarou Stéfano Felipe Silva Borges, 29 anos, morador da cidade e coreografo do movimento cultural junino.

Amante da cultura popular Carlos Tikin avalia que o movimento junino no DF está sofrendo influência de outros estados. “Aqui no Distrito Federal temos uma forma de fazer quadrilha. Como é o caso da arriúna - é um passo individual criado pelo movimento junino de Brasília, executado com força nas pernas e nos braços, no sentido de chutar para fora. A mistura é boa, mas em excesso acaba perdendo a identidade do nosso jeito de fazer quadrilha. Mas os todos os grupos que competiram estão de parabéns,” finalizou.
Por: Kesia Paos